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 Analista Legislativo (câmara) - 2007

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MensagemAssunto: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptyQui 16 Out 2008, 10:31

Analista Legislativo (câmara federal) – Bibliotecário - 2007

FCC – Fundação Carlos Chagas


Boa sorte!!!!
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptyQui 16 Out 2008, 10:32

PROVA 1 − OBJETIVA − 1a Parte

LÍNGUA PORTUGUESA

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no
texto a seguir.

Por “imaginário” entendemos um conjunto de
imagens visuais e verbais gerado por uma sociedade (ou
parcela desta) na sua relação consigo mesma, com outros
grupos humanos e com o universo em geral. Todo
imaginário é, portanto, coletivo, não podendo ser
confundido com imaginação, atividade psíquica individual.
Tampouco se pode reduzir o imaginário à somatória de
imaginações. Obviamente estas também se manifestam em
quadros históricos, pois, mesmo ao imaginar, cada
indivíduo não deixa de ser membro de uma sociedade e de
seus valores objetivos e subjetivos. Porém, por englobar o
denominador comum das imaginações, o imaginário as
supera, interfere nos mecanismos da realidade palpável
(política, econômica, social, cultural) que alimenta a própria
imaginação.

Mais precisamente, o imaginário faz a intermediação
entre a realidade psíquica profunda da sociedade (aquilo
que os historiadores às vezes chamam de mentalidade) e a
realidade material externa. Desta, o imaginário leva para a
primeira os elementos que na longa duração histórica
podem transformá-la; daquela, leva para a segunda as
formas possíveis de leitura da sociedade sobre ela mesma.
Neste trânsito circular, os instintos, os sentimentos, as
sensações, traduzidos culturalmente, adaptam-se à
realidade objetiva, e assim formulados são reprocessados
pela realidade psíquica. Resultante do entrecruzamento de
um ritmo histórico muito lento (mentalidade), com outro bem
mais ágil (cultura), o imaginário estabelece pontes entre
tempos diferentes. A modalidade do imaginário que foca
sua atenção em um passado indefinido para explicar o
presente é o que chamamos mito. Aquela que projeta no
futuro as experiências históricas do grupo – concretas e
idealizadas, passadas e presentes – é ideologia. A terceira
modalidade, que parte do presente na tentativa de
antecipar ou preparar um futuro, que é recuperação de um
passado idealizado, é utopia.

Naturalmente os limites entre essas formas de
imaginário são movediços. Tais formas jamais existiriam
historicamente em estado puro, e com freqüência cada uma
delas acaba por assumir as funções das outras. Diante
disso, muitas vezes é preferível utilizar a denominação
genérica – imaginário – às particulares (mito, ideologia,
utopia), que encobrem recortes conceituais problemáticos.
O importante é que toda sociedade é, ao mesmo tempo,
produtora e produto de seus imaginários. Logo, a
verdadeira história, aquela que considera o homem na sua
complexidade e totalidade, encontra-se na articulação entre
a realidade vivida externamente e a realidade vivida
oniricamente. (...)

(FRANCO JÚNIOR, Hilário. Cocanha. A história de um país
imaginário. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 16-17).
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptyQui 16 Out 2008, 10:33

1. No fragmento citado, Franco Júnior

(A) alude à transformação das noções de mito, ideologia
e utopia, destacando o paulatino processo de
baralhamento por que elas passam no campo dos
estudos históricos.

(B) aponta os movimentos relevantes no processo de
emergência do conceito contemporâneo de
imaginário, realçando sua especificidade em face de
conceitos mais genéricos.

(C) concebe as questões terminológicas como
secundárias em sua área de estudos, pois os
conceitos com que nela se opera são movediços e
impedem qualquer tentativa de especificação
vocabular.

(D) estabelece fronteiras e intersecções entre palavras
do vocabulário corrente, deslocando-as para um
específico quadro de reflexões — o da história.

(E) propõe que sempre se observem as divergências
assinaladas pelos termos mito, ideologia e utopia, a
fim de preservar o rigor com que a história deve
abordar a complexidade do homem.


2. De acordo com o texto,

(A) as atividades psíquicas individuais estão
desvinculadas do imaginário, na medida em que elas
são o lugar de plena independência do sujeito, o
autônomo domínio de vivências oníricas pessoais.

(B) a realidade palpável, em suas diferentes
manifestações, existe apenas em função do
processo de interferência recíproca que se verifica
entre imaginário e imaginação.

(C) a realidade externa ao indivíduo é combustível das
atividades psíquicas, e estas, por sua vez,
colaboram para a conformação dos conjuntos de
imagens compartilhados pelos diferentes grupos.

(D) o termo imaginário é impreciso, pois não permite
estabelecer hierarquias entre a realidade por ele
nomeada e os outros modos de ordenação onírica
do mundo, como aquele que recebe o rótulo de mito.

(E) a verdadeira história leva em conta, mais do que os
fatos objetivos, livres da interferência do imaginário,
a dimensão dos sonhos individuais e coletivos que
constituem a essência do ser humano.


3. No segundo parágrafo, o autor

(A) defende que o imaginário, ao coordenar durações
históricas longas e breves, costura, na dimensão
onírica, cronologias que, na realidade palpável,
seriam independentes.

(B) retifica as informações contidas na abertura do texto,
pois se dá conta da inadequação de tudo o que
afirmou até ali.

(C) estabelece uma tipologia para a realidade, ao cindi-la
em universo psicológico interior e condições físicas de
existência do indivíduo.

(D) propõe que instintos, sentimentos e sensações
sejam manifestações culturais, isto é, ocorrências
adaptáveis à realidade psíquica e não à objetiva.

(E) afirma que o trânsito entre a mente humana e a
realidade, propiciado pelo imaginário, impede que se
distingam as características de uma e outra.


4. Considerado o contexto, afirma-se corretamente que

(A) a preposição por (linhas 1 e 2) equivale, nas duas
ocorrências consideradas, a “como”.

(B) as expressões às vezes (linha 18 ) e muitas vezes
(linha 41), embora semelhantes, traduzem noções
distintas, correspondendo, respectivamente, a
“quase sempre” e “recorrentemente”.

(C) Tampouco (linha 7) introduz informação que reforça
a conclusão anteriormente apresentada, e pode, por
isso, ser substituído, sem prejuízo do sentido
original, por “Nem mesmo”.

(D) a estrutura comparativa bem mais ágil (linhas 27
e 28 ), por conter advérbio de intensidade, anula a
característica anteriormente atribuída ao ritmo
histórico da mentalidade (muito lento).

(E) a forma pronominal la (linha 21) faz,
inequivocamente, referência à expressão realidade
material externa (linha 19).


5. Acerca dos recursos de pontuação empregados no texto,
está correto o que se afirma em:

(A) O uso de aspas (linha 1) indica que foi feita uma
escolha lexical imprecisa, atenuada, em seguida, por
meio de uma contextualização do uso.

(B) Na linha 21, substituindo-se o ponto-e-vírgula por
ponto, a correção e a clareza do período ficariam
comprometidas.

(C) Na linha 23, a vírgula que separa sentimentos de as
poderia ser substituída por “e”, mantendo a mesma
idéia de que a lista não termina no último termo
apresentado.

(D) Em A modalidade do imaginário que foca sua
atenção... (linhas 29 e 30), o sentido original estaria
preservado se fosse acrescentada vírgula entre as
palavras destacadas.

(E) Nas linhas 27 e 28, os parênteses contêm sínteses
das expressões anteriores, assim como os
travessões no trecho: a denominação genérica –
imaginário – às... (linhas 41 e 42)


Última edição por oculto em Qui 16 Out 2008, 10:37, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptyQui 16 Out 2008, 10:34

6. Considerado o contexto, afirma-se corretamente que

(A) o advérbio assim (linha 25) equivale, em função e
sentido, à expressão “uma vez”.

(B) o segmento O importante é que (linha 44) privilegia,
em relação a outras possíveis, a afirmação que
introduz.

(C) o segmento faz a intermediação (linha 16) pode ser
substituído por esta forma: “intermedia”.

(D) o advérbio Naturalmente (linha 37) tem o sentido de
“de modo natural”, "de acordo com a natureza”.

(E) a forma verbal destacada em que considera o
homem na sua complexidade e totalidade (linha 46
e 47), vertida a frase para a voz passiva,
corresponderá a “são consideradas”.


7. Atentando-se ao contexto, é correto o que se afirma em:

(A) Em que é recuperação... (linha 35), o pronome
relativo tem referência ambígua, podendo reportar-se
a A terceira modalidade (linhas 33 e 34) ou a um
futuro (linha 35).

(B) O segmento não podendo (linha 5) equivale a “pois
não pode”, já que o gerúndio expressa a razão do
impedimento relatado.

(C) O fragmento traduzidos culturalmente (linha 24)
exprime noção de causa e, por isso, pode ser
expandido assim: “por serem traduzidos
culturalmente”.

(D) O segmento Resultante do entrecruzamento
(linha 26) é compreendido corretamente como “ao
resultar do entrecruzamento”.

(E) Em concretas e idealizadas, passadas e presentes
(linhas 32 e 33), os segmentos separados por
vírgula funcionam como alternativas excludentes.


8. Quanto às relações semânticas estabelecidas no texto, é
correto afirmar que

(A) a palavra “artísticas” pode substituir, como síntese
perfeitamente adequada, os adjetivos do segmento
imagens visuais e verbais (linha 2).

(B) o segmento valores objetivos e subjetivos (linha 11)
foi empregado com o mesmo sentido manifesto pelo
fragmento realidade psíquica profunda da sociedade
(linha 17).

(C) as expressões somatória de imaginações (linhas 7
e 8 ) e denominador comum das imaginações
(linha 12), tal como no uso corrente da língua
portuguesa, têm igual sentido.

(D) há um conjunto de palavras e expressões (faz
intermediação, leva, trânsito, entrecruzamento,
estabelece pontes) que reforça a idéia de que o
imaginário perpassa por diferentes esferas da
vivência humana.

(E) limites... movediços (linhas 37 e 38 ) e recortes
conceituais problemáticos (linha 43) são expressões
que se opõem.


9. A norma culta da Língua Portuguesa está plenamente
respeitada em:

(A) Ao divulgar os resultados, eles cometeram um
grande deslise: deixaram de dar os créditos e
agradecerem aos historiadores que acessoraram na
busca dos dados contextuais da pesquisa.

(B) A idéia de diferençar ideologia de utopia,
estabelecendo que uma e outra promovem
conjunções específicas das instâncias temporais, é o
principal mérito do texto.

(C) Visto as circunstâncias em que os termos devem ser
compreendidos, precavejam-se empregando o mais
abrangente.

(D) Muitos não interviram na discussão por acreditar que
dela não se tiraria resultados proveitosos para a
atuação prática na área de historiografia.

(E) Aquelas discussões filosóficas nos entreteram por
horas a fio, ainda que não tivessem haver com
nossas pesquisas específicas.


10. O texto está clara e corretamente redigido em:

(A) O imaginário é inseparável do homem e lhe segue
em todos os seus atos; é o instrumento graças o
qual o indivíduo modela o seu pensamento, seus
sentimentos, emoções, esforços e vontades, o
instrumento onde ele influencia e é influenciado, a
base última e mais profunda da sociedade.

(B) Antes de o primeiro despertar de nossa conciência,
o imaginário já ressoava, a volta de nós, pronto para
envolver os primeiros germes frágeis de nosso
pensamento e a nos acompanhar inseparavelmente
através do nosso existir. Ele está conosco desde às
mais humildes ocupações da vida cotidiana até aos
momentos mais sublimes.

(C) Sem dúvida, acredita-se, quando trata-se da técnica
interna de comparação de imaginários, estar
lidando-se com o mesmo, mas isso é ilusão. Não é o
próprio imaginário, mas seus disiecta membra, as
imaginações, que impedem apreender a totalidade
transcendental que é o primeiro.

(D) O imaginário não poderia ser descrito como simples
sistema de imagens, posto que a finalidade que o
atribuímos, por suposição, faz dele, antes de mais
nada, um sistema de representação, que diferencia,
conforme a estrutura interna, dos demais.

(E) Percebe-se que o imaginário deve ser analisado de
um modo particular em cada uma das comunidades
consideradas, o que só se pode compreender da
seguinte forma: ele é ordenado, articulado, formado
de modos diferentes segundo as diferenças
culturais.


Última edição por oculto em Qui 16 Out 2008, 10:40, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptyQui 16 Out 2008, 10:34

Atenção: As questões de números 11 a 15 referem-se ao
texto a seguir.

O grave problema representado pelas crianças
abandonadas remonta à Antiguidade, estendendo-se por
toda a Idade Média, conforme estuda John Boswell em The
Kindness of Strangers. Mas foi na Época Moderna que a
preocupação com a infância abandonada mostrou-se mais
candente, a partir do momento em que a pobreza se tornou
onerosa para o Estado e a idéia de que o aumento
populacional embasava a riqueza das nações tomou
contornos definidos. Em Portugal, a legislação deixava às
Câmaras a tarefa de passar o encargo da criação dos
enjeitados para as Santas Casas de Misericórdia,
procedimento que, como bem viu Charles Boxer, vigorou
em todo o Império Luso, constituindo-se em um dos seus
pilares. Em Salvador e no Rio de Janeiro os mecanismos
de recolhimento de expostos já estariam delineados na
primeira metade do século XVIII, atestando, segundo
Laima Mesgravis, a importância urbana de tais centros.
Mas, justamente em Minas, no século XVIII a capitania
mais urbanizada da colônia, a situação permaneceu
confusa. Há indícios de que as irmandades tomaram para si
a tarefa de cuidar das crianças expostas, conforme consta,
por exemplo, do Estatuto da Irmandade de Santa Ana, Vila
Rica, criada em 1730 e preocupada, em seu artigo 2º. , em
fundar, tão logo seus recursos o permitissem, “uma casa de
expostos e asilo de menores desvalidos”. Na prática,
entretanto, as evidências pendem mais para que se credite
ao nobre Senado da Câmara a função de pôr e dispor da
vida das crianças abandonadas. Em sua célebre Memória
Histórica da Capitania de Minas Gerais (...), José Joaquim
da Rocha incluía a criação dos enjeitados entre as
despesas de pelo menos três Câmaras Municipais: as de
Vila Nova da Rainha (Caeté), Vila do Príncipe e São João
del-Rei. O fato de omitir tal encargo quando tratou das
demais vilas deve antes ser atribuído a descuido do que à
ausência dos demais Senados na criação dos bebês
abandonados.

(MELLO E SOUZA, Laura de. Norma e conflito. Aspectos da
história de Minas no século XVIII. Belo Horizonte: Editora da
UFMG, 2006, p. 64.)


11. É correto afirmar que o texto

(A) apresenta argumentos favoráveis a que a questão
da infância seja acolhida por setores diversos da
sociedade, dada a sua relevância social, humanitária
e econômica. A menção a uma certa crença
moderna e ao fato de religiosas terem primeiramente
assumido a tarefa de cuidar dos enjeitados em
Minas serve para enfatizar que o tema diz respeito a
toda a sociedade e não apenas aos políticos.

(B) disserta sobre a relevância do tema das crianças
enjeitadas, desde a Antiguidade até o século
XVIII, apontando o paulatino refinamento por que
passou o seu tratamento nesse período, na Europa
e no Brasil. O recurso a datas e períodos específicos
tem, fundamentalmente, função de explicitar os
marcos desse processo.

(C) apresenta breve histórico do tratamento da questão
da infância abandonada, partindo de constatações
mais gerais e desembocando no caso de uma região
específica. Nesse percurso, reúnem-se citações e
argumentos de autoridades intelectuais que
conferem maior credibilidade ao relato empreendido.

(D) estabelece os limites entre a ação governamental e
a das organizações civis (como as ordens religiosas)
no processo de acolhimento de crianças expostas,
pondo em relevo que apenas recentemente os
governos passaram a tomar para si essa
responsabilidade. O caso das vilas mineiras serve
de exemplo da histórica displicência dos políticos.

(E) defende que, embora reconhecidamente grave, o
persistente problema dos meninos e meninas
abandonados esteja longe de encontrar solução.
Ratificam essa tese os dados que remetem a um
longo e ininterrupto histórico de práticas de
abandono no mundo e também nas regiões mais
desenvolvidas do Brasil no século XVIII.


12. A frase que contém conclusão autorizada pelo texto é:

(A) Segundo um raciocínio característico da Idade
Moderna, abandonar crianças era colocar suas vidas
em risco e, portanto, comprometer potencialmente a
prosperidade da nação em que se dava tal prática.

(B) As preocupações exacerbadas com a infância
abandonada têm seu ápice entre a Antiguidade e a
Idade Média, e, a partir daí, são arrefecidas pela
inserção de variantes econômicas no debate.

(C) O Império Português, ao encarregar as Santas
Casas de Misericórdia da criação dos enjeitados,
atestava seu desejo de se abster de qualquer
interferência política no gerenciamento desse
problema.

(D) Em certas revisões históricas, Salvador e Rio de
Janeiro puderam ser tomados como centros urbanos
importantes do século XVIII em função do número
de expostos que neles eram recolhidos.

(E) A obra de José Joaquim da Rocha tem valor
discutível, já que explicita evidente desleixo desse
autor quanto ao esclarecimento do papel dos
governantes na administração de um grave
problema social existente no século XVIII.


13. Considerados o contexto e o sentido originais, contém
fragmento do texto corretamente compreendido:

(A) O grave problema representado pelas crianças
abandonadas remonta à Antigüidade (linhas 1 e 2) =
a austera dificuldade exemplificada pelas crianças
deixadas à própria sorte remete-nos à Idade Antiga

(B) os mecanismos de recolhimento de expostos já
estariam delineados (linhas 14 e 15) = as técnicas
de reclusão dos expostos já estariam delimitadas

(C) a importância urbana de tais centros (linha 17) = a
relevância cosmopolita daquelas localidades

(D) tão logo seus recursos o permitissem (linha 24) =
quando seus proventos o autorizassem

(E) como bem viu Charles Boxer (linha 12) = como
acertadamente observou Charles Boxer


14. Na prática, entretanto, as evidências pendem mais para
que se credite ao nobre Senado da Câmara a função de
pôr e dispor da vida das crianças abandonadas.
O fragmento acima está clara e corretamente reescrito
em:

(A) Mas a prerrogativa de fazer viver ou morrer as
crianças expostas cabia ao venerando Senado da
Câmara, cuja função precípua se fazia patente no
que tange a esta pendência.

(B) Na prática, contudo, as provas parecem sugerir que
a função de arbitrar sobre a vida das crianças
desamparadas deva ser atribuída ao nobre Senado
da Câmara.

(C) No entanto, pragmaticamente, as provas imputam ao
digno Senado da Câmara a função de manipular, em
todos os detalhes, os pequenos desvalidos.

(D) No que diz respeito à aplicação, todavia, as
evidências estavam penduradas sobre os ombros
dos magnânimos senadores, em relação a pôr e
dispor na vida das desarrimadas crianças.

(E) A vida das crianças rejeitadas estava, porém,
praticamente inclinando-se para a evidência de que
estava creditado ao colendo Senado da Câmara o
poder de administrá-la.


15. A frase está redigida com clareza e correção em:

(A) A criação das rodas de expostos não eximiria as
câmaras das despezas com aquelas crianças. Se na
Lisboa dos felipes, a municipalidade auxiliava a
Santa Casa com 689$360 réis anuais, tal prática,
persistiria, quase século e meio depois já que em
1778 D. Maria I ordenara ao Senado do Rio de
Janeiro que assistisse à Misericórdia local com
800$000 réis.

(B) Em Minas, aonde as Misericórdias surgiram muito
tarde, e aonde não houve roda de expostos durante
o século XVIII, na criação de enjeitados preferiuse
atribuir responsabilidade totalmente às Câmaras
Municipais do que às irmandades religiosas
existentes, acarretando às vezes, atitudes ambíguas
e contraditórias.

(C) A maior parte da bibliografia têm insistido nas
modestas dimensões da exposição de crianças no
Brasil colonial e mesmo no período do Império.
Aceveram que, entre nós caracterizou a natalidade,
sobretudo as “elevadas taxas de ilegitimidade,
presentes em praticamente todas as áreas e todos
os tempos”.

(D) A desordem era perigosa ao governo dos povos,
inda mais a milhas de distância do centro de poder.
Nas Minas Gerais, ela era também um entrave à
tributação, e Portugal logo percebeu a necessidade
de enquadrar a capitania a fim de que o ouro fluísse
melhor para os cofres do rei.

(E) Os indices europeus de abandono de crianças
revelam uma sociedade muito mais refratária aos
nascimentos ilegítimos, enquanto que entre nós é
verificado taxas que sugerem maior capacidade de
absolver tais nascimentos às estruturas familiares
tradicionais ou, o que talvez seja ainda mais
relevante, a banalidade da bastardia, dado a alta
ocorrência de relações consensuais.
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptyQui 16 Out 2008, 10:35

GABARITO

001 - D
002 - C
003 - A
004 - C
005 - E

006 - B
007 - A
008 - D
009 - B
010 - E

011 - C
012 - A
013 - E
014 - B
015 - D
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptySáb 25 Out 2008, 12:32

Citação :


2. De acordo com o texto,

(A) as atividades psíquicas individuais estão
desvinculadas do imaginário, na medida em que elas
são o lugar de plena independência do sujeito, o
autônomo domínio de vivências oníricas pessoais.

(B) a realidade palpável, em suas diferentes
manifestações, existe apenas em função do
processo de interferência recíproca que se verifica
entre imaginário e imaginação.

(C) a realidade externa ao indivíduo é combustível das
atividades psíquicas, e estas, por sua vez,
colaboram para a conformação dos conjuntos de
imagens compartilhados pelos diferentes grupos.


(D) o termo imaginário é impreciso, pois não permite
estabelecer hierarquias entre a realidade por ele
nomeada e os outros modos de ordenação onírica
do mundo, como aquele que recebe o rótulo de mito.

(E) a verdadeira história leva em conta, mais do que os
fatos objetivos, livres da interferência do imaginário,
a dimensão dos sonhos individuais e coletivos que
constituem a essência do ser humano.

Gabarito letra C.

No primeiro parágrafo, o texto fala:

"Todo imaginário é, portanto, coletivo, não podendo ser confundido com imaginação, atividade psíquica individual."

Isso é bem parecido com o que fala a letra A (as atividades psíquicas individuais estão desvinculadas do imaginário..).

Porque a letra A está errada?


Citação :

3. No segundo parágrafo, o autor

(A) defende que o imaginário, ao coordenar durações
históricas longas e breves, costura, na dimensão
onírica, cronologias que, na realidade palpável,
seriam independentes.

(B) retifica as informações contidas na abertura do texto,
pois se dá conta da inadequação de tudo o que
afirmou até ali.

(C) estabelece uma tipologia para a realidade, ao cindi-la
em universo psicológico interior e condições físicas de
existência do indivíduo.

(D) propõe que instintos, sentimentos e sensações
sejam manifestações culturais, isto é, ocorrências
adaptáveis à realidade psíquica e não à objetiva.

(E) afirma que o trânsito entre a mente humana e a
realidade, propiciado pelo imaginário, impede que se
distingam as características de uma e outra.

Gabarito letra A.

Em que parte do segundo parágrafo está fundamentada esta letra A? Alguém sabe?

Achei confusa esta questão.
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptySáb 25 Out 2008, 13:32

Citação :


5. Acerca dos recursos de pontuação empregados no texto,
está correto o que se afirma em:

(A) O uso de aspas (linha 1) indica que foi feita uma
escolha lexical imprecisa, atenuada, em seguida, por
meio de uma contextualização do uso.

(B) Na linha 21, substituindo-se o ponto-e-vírgula por
ponto, a correção e a clareza do período ficariam
comprometidas.

(C) Na linha 23, a vírgula que separa sentimentos de as
poderia ser substituída por “e”, mantendo a mesma
idéia de que a lista não termina no último termo
apresentado.

(D) Em A modalidade do imaginário que foca sua
atenção... (linhas 29 e 30), o sentido original estaria
preservado se fosse acrescentada vírgula entre as
palavras destacadas.

(E) Nas linhas 27 e 28, os parênteses contêm sínteses
das expressões anteriores, assim como os
travessões no trecho: a denominação genérica –
imaginário – às... (linhas 41 e 42)

Gabarito letra E.

Caramba!! errei esta também.

Na letra A, o que significam as aspas afinal de contas? alguém sabe?
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MensagemAssunto: TENTANDO RESPONDER   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptySeg 24 Nov 2008, 19:55

oculto escreveu:
Citação :


5. Acerca dos recursos de pontuação empregados no texto,
está correto o que se afirma em:

(A) O uso de aspas (linha 1) indica que foi feita uma
escolha lexical imprecisa, atenuada, em seguida, por
meio de uma contextualização do uso.

(B) Na linha 21, substituindo-se o ponto-e-vírgula por
ponto, a correção e a clareza do período ficariam
comprometidas.

(C) Na linha 23, a vírgula que separa sentimentos de as
poderia ser substituída por “e”, mantendo a mesma
idéia de que a lista não termina no último termo
apresentado.

(D) Em A modalidade do imaginário que foca sua
atenção... (linhas 29 e 30), o sentido original estaria
preservado se fosse acrescentada vírgula entre as
palavras destacadas.

(E) Nas linhas 27 e 28, os parênteses contêm sínteses
das expressões anteriores, assim como os
travessões no trecho: a denominação genérica –
imaginário – às... (linhas 41 e 42)

Gabarito letra E.

Caramba!! errei esta também.

Na letra A, o que significam as aspas afinal de contas? alguém sabe?

Oculto,
Se a letra A se refere ao trecho:
Há indícios de que as irmandades tomaram para si
a tarefa de cuidar das crianças expostas, conforme consta,
por exemplo, do Estatuto da Irmandade de Santa Ana, Vila
Rica, criada em 1730 e preocupada, em seu artigo 2º. , em
fundar, tão logo seus recursos o permitissem, “uma casa de
expostos e asilo de menores desvalidos”.


As aspas são p demonstrar a citação de um trecho ... na alternativa A menciona como se tivessem utilizado aspas para dar um sentido forçado ao texto...
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oculto
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptySex 28 Nov 2008, 07:10

citação de um trecho?

vixi...agora que você mencionou isso, parece óbvio.

Obrigado pelo esclarecimento.
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andreapinho
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptyDom 30 Nov 2008, 17:20

Oculto,devo dizer que não fiz 50%(achei meio dificil!)
Essa explicação de xlaine eu não entendi.Usou o texto 2 pra justificar o 1?Me explica melhor.
Outra coisa:fazendo a questão 6 pra mim a letra E esta errada pois só as frases substantivas vão pra voz passiva(é isso mesmo?)

Tinha que pedir pra ffgaio fazer essa prova,ela sabe muito português!!!
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptyQua 03 Dez 2008, 09:40

Essa prova eu também achei difícil.

Eu vou ter que refazer a prova para entender as dúvidas. Fiquei confuso.




andreapinho escreveu:
Oculto,devo dizer que não fiz 50%(achei meio dificil!)
Essa explicação de xlaine eu não entendi.Usou o texto 2 pra justificar o 1?Me explica melhor.
Outra coisa:fazendo a questão 6 pra mim a letra E esta errada pois só as frases substantivas vão pra voz passiva(é isso mesmo?)

Tinha que pedir pra ffgaio fazer essa prova,ela sabe muito português!!!
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptySeg 08 Dez 2008, 12:37

andreapinho escreveu:
Oculto,devo dizer que não fiz 50%(achei meio dificil!)
Essa explicação de xlaine eu não entendi.Usou o texto 2 pra justificar o 1?Me explica melhor.
Outra coisa:fazendo a questão 6 pra mim a letra E esta errada pois só as frases substantivas vão pra voz passiva(é isso mesmo?)

Tinha que pedir pra ffgaio fazer essa prova,ela sabe muito português!!!

Pinho,
É o seguinte, o parágrafo cita um artigo ou coisa parecida, o trecho entre aspas, cita um trecho desse artigo mencionado, como está ipsis litris, veio entre aspas, denotando que é uma citação, não palavras do autor do texto.
Tudo bem?
Angeline
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptySeg 08 Dez 2008, 12:39

VOU TENTAR FAZER ESSA PROVA QUALQUER HORA E DAÍ TENTAREI AJUDA, MAS SUGIRO QUE A GAIO VENHA NOS SOCORRER!
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptySeg 08 Dez 2008, 12:53

andreapinho escreveu:
Oculto,devo dizer que não fiz 50%(achei meio dificil!)
Essa explicação de xlaine eu não entendi.Usou o texto 2 pra justificar o 1?Me explica melhor.
Outra coisa:fazendo a questão 6 pra mim a letra E esta errada pois só as frases substantivas vão pra voz passiva(é isso mesmo?)

Tinha que pedir pra ffgaio fazer essa prova,ela sabe muito português!!!

Eu refiz a prova e a achei tão difícil quanto da primeira vez. Putz...

Andreapinho, você está certa. Na questão 5, eu e a xlaine usamos o texto 2 enquanto a questão era do texto 1.

No resumo da ópera eu continuo na dúvida nesta questão 5. Eu vou colar a questão aqui embaixo de novo para ficar mais fácil de entender.

Referente ao seu comentário sobre a questão 6, as frases que vão para a voz passiva são somente aquelas que possuem verbo transitivo direto. Essa é a teoria. Eu errei essa questão 6. (o gabarito desta questão é letra B).
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptySeg 08 Dez 2008, 13:08

A questão 5 é esta aqui.


oculto escreveu:
Citação :


5. Acerca dos recursos de pontuação empregados no texto,
está correto o que se afirma em:

(A) O uso de aspas (linha 1) indica que foi feita uma
escolha lexical imprecisa, atenuada, em seguida, por
meio de uma contextualização do uso.

(B) Na linha 21, substituindo-se o ponto-e-vírgula por
ponto, a correção e a clareza do período ficariam
comprometidas.

(C) Na linha 23, a vírgula que separa sentimentos de as
poderia ser substituída por “e”, mantendo a mesma
idéia de que a lista não termina no último termo
apresentado.

(D) Em A modalidade do imaginário que foca sua
atenção... (linhas 29 e 30), o sentido original estaria
preservado se fosse acrescentada vírgula entre as
palavras destacadas.

(E) Nas linhas 27 e 28, os parênteses contêm sínteses
das expressões anteriores, assim como os
travessões no trecho: a denominação genérica –
imaginário – às... (linhas 41 e 42)

Gabarito letra E.

Caramba!! errei esta também.

Na letra A, o que significam as aspas afinal de contas? alguém sabe?


Quando eu refiz esta questão eu tive a impressão que ele usou aspas porque ele estava definindo a palavra imaginário com um significado diferente do usual. No texto ele fala o seguinte:

>> Por “imaginário” entendemos um conjunto de imagens visuais e verbais gerado por uma sociedade (ou parcela desta) na sua relação consigo mesma, com outros grupos humanos e com o universo em geral. <<

No dicionário que tenho aqui, a palavra imagináirio está definida como:

>> imaginário - que existe somente na imaginação; ilusório. <<

Realmente não sei se é isso.


Outra coisa terrível que eu achei nesta questão é o gabarito (letra E).

Não consegui ver que a frase "resultante do entrecruzamento de um ritmo histórico muito lento" pode ter como síntese a palavra "mentalidade". Putz....quem disse que interpretação não pega? ...hehehe...
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptySex 12 Dez 2008, 07:54

Oculto,
Tenho encontrado dificuldades em encontrar os textos, a coisa vai se extendendo e acabo me perdendo.
Por Fvr, poderia postar aqui o texto novamente?
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptySex 12 Dez 2008, 07:55

PROVA 1 − OBJETIVA − 1a Parte

LÍNGUA PORTUGUESA

Atenção: As questões de números 1 a 10 baseiam-se no
texto a seguir.

Por “imaginário” entendemos um conjunto de
imagens visuais e verbais gerado por uma sociedade (ou
parcela desta) na sua relação consigo mesma, com outros
grupos humanos e com o universo em geral. Todo
imaginário é, portanto, coletivo, não podendo ser
confundido com imaginação, atividade psíquica individual.
Tampouco se pode reduzir o imaginário à somatória de
imaginações. Obviamente estas também se manifestam em
quadros históricos, pois, mesmo ao imaginar, cada
indivíduo não deixa de ser membro de uma sociedade e de
seus valores objetivos e subjetivos. Porém, por englobar o
denominador comum das imaginações, o imaginário as
supera, interfere nos mecanismos da realidade palpável
(política, econômica, social, cultural) que alimenta a própria
imaginação.

Mais precisamente, o imaginário faz a intermediação
entre a realidade psíquica profunda da sociedade (aquilo
que os historiadores às vezes chamam de mentalidade) e a
realidade material externa. Desta, o imaginário leva para a
primeira os elementos que na longa duração histórica
podem transformá-la; daquela, leva para a segunda as
formas possíveis de leitura da sociedade sobre ela mesma.
Neste trânsito circular, os instintos, os sentimentos, as
sensações, traduzidos culturalmente, adaptam-se à
realidade objetiva, e assim formulados são reprocessados
pela realidade psíquica. Resultante do entrecruzamento de
um ritmo histórico muito lento (mentalidade), com outro bem
mais ágil (cultura), o imaginário estabelece pontes entre

tempos diferentes. A modalidade do imaginário que foca
sua atenção em um passado indefinido para explicar o
presente é o que chamamos mito. Aquela que projeta no
futuro as experiências históricas do grupo – concretas e
idealizadas, passadas e presentes – é ideologia. A terceira
modalidade, que parte do presente na tentativa de
antecipar ou preparar um futuro, que é recuperação de um
passado idealizado, é utopia.

Naturalmente os limites entre essas formas de
imaginário são movediços. Tais formas jamais existiriam
historicamente em estado puro, e com freqüência cada uma
delas acaba por assumir as funções das outras. Diante
disso, muitas vezes é preferível utilizar a denominação
genérica – imaginário – às particulares (mito, ideologia,

utopia), que encobrem recortes conceituais problemáticos.
O importante é que toda sociedade é, ao mesmo tempo,
produtora e produto de seus imaginários. Logo, a
verdadeira história, aquela que considera o homem na sua
complexidade e totalidade, encontra-se na articulação entre
a realidade vivida externamente e a realidade vivida
oniricamente. (...)

(FRANCO JÚNIOR, Hilário. Cocanha. A história de um país
imaginário. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 16-17).
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MensagemAssunto: Re: Analista Legislativo (câmara) - 2007   Analista Legislativo (câmara) - 2007 EmptySex 12 Dez 2008, 08:01

GALERA,
VOU TENTAR FAZER TODA A PROVA.... Depois a gente conversa. Se quiserem podemos trocar idéias sobre INTERPRETAÇÃO, pois tenho muita dificuldd.
Abraços
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