| | ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 | |
| | Autor | Mensagem |
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oculto classe C
Número de Mensagens : 369 Data de inscrição : 05/01/2008
| Assunto: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 Seg 12 maio 2008, 06:34 | |
| ANALISTA JUDICIÁRIO - ESPECIALIDADE TAQUIGRAFIA - TRF 2 REGIÃO - FCC/2007
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Instruções: As questões de números 31 a 40 referem-se ao texto apresentado abaixo.
Senhores: Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a Academia Brasileira de Letras pela consagração da idade. Se não sou o mais velho dos nossos colegas, estou entre os mais velhos. É simbólico da parte de uma instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de um espírito eminente exerceria melhor. Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. Não é preciso definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita e completada por moços, a Academia nasce com a alma nova e naturalmente ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da federação política, a unidade literária. Tal obra exige não só a compreensão pública, mas ainda e principalmente a vossa constância. A Academia Francesa, pela qual esta se modelou, sobrevive aos acontecimentos de toda a casta, às escolas literárias e às transformações civis. A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso. Já o batismo de suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloqüência nacionais é indício de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele perdure. Passai a vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles os transmitam também aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Está aberta a sessão. (ASSIS, Machado. Discurso inaugural, na Academia Brasileira, aos 20 dias do mês de julho de 1897. Obra completa, vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p.926)
31. No discurso, Machado de Assis
(A) interpreta, assumindo atitude despretensiosa, que a escolha de seus pares não foi determinada pela consideração de dotes intelectuais. (B) modestamente atribui a investidura no cargo de presidente a um gesto de reconhecimento por sua ação de ter sugerido, no Brasil, a formação de uma Academia de Letras. (C) afirma taxativamente que Não é preciso definir esta instituição, por isso, sem oferecer traço caracterizador da Academia, se restringe a tratar das responsabilidades dos colegas. (D) entende como simbólica sua escolha como presidente da Academia Brasileira de Letras, visto considerá-la, indiretamente, distinção por seu estatuto de escritor consagrado. (E) sustenta, lucidamente, que o bom desempenho de determinadas funções intelectuais é inerente à experiência acumulada na idade madura.
32. O texto abona a idéia de que Machado de Assis
(A) atribuía a manutenção da brasilidade, tanto nas manifestações literárias, como na vida política da nação, à ação popular regulada pela vigilância da Academia. (B) concebia como tarefa dos acadêmicos a preservação da unidade literária no contexto da diversidade representada pelas divisões administrativas que formavam a nação brasileira. (C) compreendia a Academia Francesa como modelo de resistência àquelas inovações que, por degradarem a tradição, constituíam acontecimentos letais para a nação e sua literatura. (D) imputava a seus colegas da academia a utopia de preservar a independência da literatura, anseio que implicava uma adesão popular que ele não julgava possível. (E) depositava na Academia Brasileira, por semelhança com a Francesa, a esperança de constituir-se um baluarte da ordem em agitações de castas em luta por mudanças sociais.
33. A relação estabelecida entre os segmentos indicados está corretamente apontada, na devida ordem, em:
(A) Investindo-me no cargo de presidente / quisestes começar a Academia Brasileira de Letras pela consagração da idade − finalidade da ação; ação considerada. (B) Se não sou o mais velho dos nossos colegas / estou entre os mais velhos – ação hipotética; decorrência da ação. (C) Iniciada por um moço, aceita e completada por moços / a Academia nasce com a alma nova e naturalmente ambiciosa – ações tomadas como causas; conseqüência. (D) Tal obra exige não só a compreensão pública / mas ainda e principalmente a vossa constância – assertiva; negação da assertiva. (E) Passai a vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais / para que eles os transmitam também aos seus − ação realizada; conseqüência.
34. Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. A fala acima está corretamente reportada da seguinte maneira: Machado de Assis declarou que,
(A) na oportunidade em que agradeço vossa escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança. (B) na hora que agradecia-lhes a escolha, diria a eles que buscaria na medida do possível corresponder à sua confiança. (C) naquele momento em que lhes agradecia a escolha, lhes dizia que buscaria na medida do possível corresponder à confiança deles. (D) no mesmo exato momento do seu agradecimento pela sua escolha, dir-lhes-ia: na medida do possível buscarei corresponder à sua confiança. (E) certamente, aquela era a hora: de vos agradecer a escolha e de vos dizer que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.
35. Se não sou o mais velho dos nossos colegas, estou entre os mais velhos. A frase que está correta e que mantém o sentido da original é:
(A) Levantada a hipótese de não ser eu o mais velho dos nossos colegas, estaria, talvez, entre eles. (B) Sendo errôneo ser o mais velho entre os nossos colegas, acaso seria considerado um dentre todos. (C) Considero-me eventualmente entre os mais velhos dos nossos colegas, não sendo, quem sabe, o mais velho. (D) Não sendo porventura o mais velho dos nossos colegas, certamente me incluo entre os mais velhos. (E) Dado que estou entre os mais velhos, possivelmente posso ser considerado o mais velho dos nossos colegas.
36. Não é preciso definir esta instituição. As alternativas apresentam variantes da frase acima que, considerado o contexto, poderiam substituí-la. Em algumas a quebra da ordem sintática está justificada pelo bom estilo adotado. A ÚNICA estruturação que, fugindo às regras gramaticais, não se justifica e, por isso, está INCORRETA é:
(A) Esta instituição? Não é preciso que se a defina. (B) Esta instituição que ora inauguramos, não é preciso defini-la. (C) Se definições são necessárias, não a desta instituição. (D) Se necessário for definir, não a esta instituição. (E) Se defina qualquer coisa, não sendo essa instituição.
37. Considerada a ocorrência destacada, e sempre a norma padrão da Língua Portuguesa, é correto afirmar:
(A) (linha 18.) a expressão há de querer exprime futuridade promissiva com idéia de “desejar com intensidade”. (B) (linha 19) o advérbio Já foi empregado com a acepção de “nesse instante”, como se nota em “Já consigo vê-la ao longe”. (C) (linha 19) o pronome suas, em de suas cadeiras, refere-se aos colegas do orador presentes na Academia. (D) (linha 20) o adjetivo preclaros foi empregado como antônimo de “insigne”. (E) (linha 21) a expressão é indício pode ser substituída, com correção, por “é fator à sinalizar”, sem que nenhuma outra alteração seja necessária na frase. 38. Consideradas a ocorrência citada e a norma padrão da Língua Portuguesa, é correto afirmar: (A) (linha 1) Os dois-pontos após o vocativo exemplificam equívoco de quem transcreveu o discurso, pois o desejável seria o uso da vírgula. (B) O emprego concomitante de vossos e nossos exemplifica, no estilo oratório, a licença que o autor se concede para fazer uso do tom informal. (C) (linhas 14 e 15) Na frase Tal obra ... constância, usou-se a correlação entre não só e mas ainda para aproximar os termos a que se atribuiu absoluta igualdade de valor. (D) (linha 16) A frase pela qual esta se modelou pode ser substituída, sem prejuízo do sentido e da correção originais, por “a qual esta quer se equiparar”. (E) (linhas 16 e 17) As expressões às escolas literárias e às transformações civis − diferentemente de de toda a casta − não complementam o sentido de os acontecimentos.
39. Cabe-vos fazer com que ele perdure. Passai a vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para que eles os transmitam também aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa vida brasileira. Observados o fragmento acima e a norma padrão da Língua Portuguesa, é correto afirmar:
(A) A supressão da preposição em fazer com que altera o sentido original e prejudica a correção da frase. (B) Mantendo o tempo e o modo, a forma verbal correspondente a Passai, no singular, é “passe”. (C) A conjunção e (em e a vossa obra) adita duas idéias que expressam a mesma noção de finalidade da ação. (D) Na frase para que eles os transmitam também aos seus, os pronomes destacados remetem a três referentes que não têm relação entre si. (E) O deslocamento do adjetivo iniciais, com as devidas alterações, produz “os iniciais pensamento e vontade”, com prejuízo do sentido original.
40. Considere as assertivas abaixo. I. Machado de Assis não explicita, mas deixa subentendida, sua convicção de que a Academia Brasileira de Letras chegava para permanecer. II. Machado de Assis parte da pressuposição de que a Academia por si só manifestava sua natureza. III. Machado de Assis deixa implícita a idéia de que a ambição é leviandade que deve ser creditada à imaturidade. O texto abona SOMENTE (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. | |
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Número de Mensagens : 369 Data de inscrição : 05/01/2008
| Assunto: Re: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 Seg 12 maio 2008, 06:39 | |
| Instruções: As questões de números 41 a 50 referem-se ao texto apresentado abaixo.
Os princípios éticos são normas de comportamento social, e não simples ideais de vida, ou premissas doutrinárias. Como normas de comportamento humano, os princípios éticos distinguem-se nitidamente não só das regras do raciocínio matemático, mas também das leis naturais ou biológicas. Ao contrário do que sustentaram grandes pensadores, como Hobbes, Leibniz e Espinosa, a vida ética não pode ser interpretada segundo o método geométrico (ordine geometrico demonstrata). As normas éticas tampouco podem ser reduzidas a enunciados científicos, fundados na observação e na experimentação, como se se tratasse de leis zoológicas. Durante boa parte do século XIX, alguns pensadores, impressionados pelo extraordinário progresso alcançado no campo das ciências exatas, com a produção de certeza e previsibilidade no conhecimento dos dados da natureza, sucumbiram à tentação de explicar a vida humana segundo parâmetros deterministas. Ora, por mais que se queira eliminar a liberdade do mundo humano, ela teima em aparecer, desafiando constantemente as previsões “científicas”. Somos o único ser que combina, em sua vida social, a necessidade física e biológica com os deveres éticos, a sujeição aos fatos naturais com a autonomia de ação. Como é passível de comprovação, em toda sociedade o ideário e as estruturas de poder desenvolvem-se dentro dos limites postos por determinados fatores básicos, como o patrimônio genético, o meio geográfico ou o estado da técnica. Vencer tais limitações tem sido um desafio constante lançado à espécie humana. Mas nem por isso devemos tomar esses fatores condicionantes da vida social como seus princípios diretivos. (Adaptado de COMPARATO, Fábio Konder. Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 494-5) OBS.: Hobbes (1588-1679), Leibniz (1646-1717), Espinosa (1632- 1677) − filósofos ordine geometrico demonstrata − em tradução livre, "demonstrado segundo a ordem geométrica"
41. No primeiro parágrafo, o autor
(A) atribui à filosofia a responsabilidade pelo fato de a ética ser entendida sob perspectivas díspares, entre elas, a da geometria. (B) faz um inventário de como a ética foi concebida no século XIX, para, ao fim, referendar o ponto de vista oferecido pelo determinismo. (C) argumenta em defesa da imutabilidade das normas éticas, por considerá-las produtoras de sistema mais coeso e coerente que muitos outros, o matemático, por exemplo. (D) tematiza a variabilidade da compreensão da ética em certos filósofos, e alude a sua própria idéia sobre o assunto, erigida em consonância com as convergências entre ele e esses pensadores. (E) apresenta sua compreensão da ética e, para mais bem caracterizá-la, vale-se prioritamente de argumentos embasados no contraste.
42. No contexto, a frase do primeiro parágrafo que expressa uma causa é:
(A) (linhas 13 a 15) impressionados pelo extraordinário progresso alcançado no campo das ciências exatas, com a produção de certeza e previsibilidade no conhecimento dos dados da natureza. (B) (linhas 3 a 5) os princípios éticos distinguem-se nitidamente não só das regras do raciocínio matemático, mas também das leis naturais ou biológicas. (C) (linhas 7 a 9) a vida ética não pode ser interpretada segundo o método geométrico (ordine geometrico demonstrata). (D) (linhas 9 a 11) As normas éticas tampouco podem ser reduzidas a enunciados científicos, fundados na observação e na experimentação. (E) (linha 2) e não simples ideais de vida, ou premissas doutrinárias. 43. É correto afirmar:
(A) (linhas 4 e 5) a correlação notada na segunda frase do texto é estabelecida por meio das expressões não só e mas também, e exprime idéia de alternância. (B) (linha 6) o segmento Ao contrário do que pode ser substituído, sem prejuízo do sentido original e da correção, por “Contrariamente ao que”. (C) (linha 9) o uso de tampouco denota que a seqüência estabelecida na argumentação institui uma hierarquia, na qual os enunciados científicos são considerados os mais desprestigiados. (D) (linha 12) em Durante boa parte do século XIX, o adjetivo exprime juízo de valor atribuído aos anos em que ocorreram os fatos mais significativos para a história do pensamento. (E) (linha 12) século XIX, de acordo com a norma padrão, deve ser escrito por extenso por meio do numeral cardinal −“dezenove”−, assim como deve ocorrer com “século VIII”.
44. Ora, por mais que se queira eliminar a liberdade do mundo humano, ela teima em aparecer, desafiando constantemente as previsões “científicas”. Considerada a frase acima, em seu contexto, é correto afirmar:
(A) A conjunção Ora estabelece com a frase anterior relação de mera adição, equivalendo a “além disso”. (B) A locução verbal queira eliminar expressa um fato considerado em sua efetiva realização. (C) A expressão por mais que se queira pode ser substituída por “ainda que se deseje e se insista em”, sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical. (D) A forma verbal desafiando expressa noção de “tempo”. (E) A expressão previsão “científica” é formada por palavras que se excluem mutuamente, o que justifica o emprego das aspas para indicar que deve ser entendida em sentido figurado.
45. Somos o único ser que combina, em sua vida social, a necessidade física e biológica com os deveres éticos, a sujeição aos fatos naturais com a autonomia de ação. Afirma-se com correção, considerada a frase acima, em seu contexto:
(A) O emprego de Somos produz generalização, mas relativa, pois o argumento produzido não chega a abarcar a totalidade da condição humana. (B) No segmento Somos o único ser que combina, uma vírgula colocada depois de ser manteria o sentido original e a correção da frase. (C) Explica-se cabalmente o paralelismo estabelecido na frase deste modo: a necessidade física e biológica está para os deveres éticos, assim como a sujeição está para a ação. (D) A frase, estruturada em torno dos verbos Somos e combina, expressa o descolamento do ser em relação à coercitividade do universo natural. (E) O fragmento Somos o único ser que combina pode ser substituído, sem prejuízo do sentido original, por “Somos um ser que combina, por excelência”.
46. Como é passível de comprovação, em toda sociedade o ideário e as estruturas de poder desenvolvem-se dentro dos limites postos por determinados fatores básicos, como o patrimônio genético, o meio geográfico ou o estado da técnica. Observada a frase acima, e sempre considerando o contexto, é correto afirmar:
(A) Em Como é passível de comprovação, a conjunção introduz um dos termos de uma relação comparativa. (B) O adjetivo passível está empregado em respeito à norma padrão da Língua Portuguesa, assim como o está em “Eram depoimentos realmente passível de contestação”. (C) A expressão em toda sociedade pode ser substituída por “na sociedade como um todo”. (D) O emprego de determinados contribui para a expressão da idéia de que o homem, por meio de sua ação, pode relativizar exclusivamente as forças exteriores que o cerceiam. (E) Em como o patrimônio genético, o termo destacado equivale a “a exemplo de”.
47. Vencer tais limitações tem sido um desafio constante lançado à espécie humana. A frase acima, em seu contexto, abona a seguinte assertiva: (A) Vencer constitui emprego do infinitivo como substantivo, emprego também exemplificado por “Recordar é viver”, que equivale a “A recordação é vida”. (B) o pronome tais introduz idéia de indeterminação, para que se compreenda que o citado desafio está relacionado a qualquer que seja a limitação imposta à espécie humana. (C) a palavra limites, cognata de limitações (linha 25), foi empregada sem a noção de “cerceamento” notada no uso desta última. (D) o emprego de tem sido constitui um deslize do autor, pois, de acordo com a norma padrão, a forma correta a ser empregada é “têm sido”. (E) o sinal indicativo da crase está usado em conformidade com a norma padrão, assim como o está em “lançado à qualquer que seja o ser humano”.
48. Mas nem por isso devemos tomar esses fatores condicionantes da vida social como seus princípios diretivos. A alternativa que apresenta, de maneira clara e correta, o modo como a frase acima deve ser entendida, no seu contexto, é:
(A) Entretanto isso não condiz, visto que não devemos considerar esses itens disciplinadores da vida social em seus princípios constitutivos. (B) Tratam-se, todavia, de fatores que, apesar de serem considerados limitando, não devem ser tidos como inibidores do desenvolvimento social, em princípio. (C) Contudo, isso não justifica que tais elementos que influenciam a vida social sejam concebidos como predeterminantes dos rumos que ela venha a tomar. (D) Mas é o caso de se deixar de lado que os fatores sejam condicionantes da sociedade, pelo fato de constituir princípios de direção. (E) Porém, esses fatores não basta para que se deva tomá-los como idéias norteadoras da vida em sociedade, sendo mesmo fatores que condicionam.
49. A expressão do texto que está corretamente entendida é:
(A) premissas doutrinárias − verdades conclusivas de um conjunto de conhecimentos ou crenças. (B) sucumbiram à tentação de explicar − renderam-se às evidências de que era errôneo explicar. (C) explicar a vida humana segundo parâmetros deterministas − justificar o nascimento da espécie tomando como paradigma o fatalismo. (D) passível de comprovação − suscetível de ter sua validade atestada. (E) tem sido um desafio constante lançado à espécie humana − surge intermitentemente como chamamento à ação humana como espécie.
50. Considere as assertivas abaixo.
I. O autor entende a Ética como o campo de conhecimento metafísico que, baseado nas finalidades últimas, ideais e transcendentes da ação humana, busca estabelecer as leis que garantam a perfectibilidade da organização social.
II. O autor entende que o homem é dotado de capacidade individual de autodeterminação, caracterizada por compatibilizar autonomia e livre-arbítrio com os múltiplos condicionamentos naturais, psicológicos ou sociais que impõem predisposições ao seu agir.
III. A referência a Hobbes, Leibniz e Espinosa e a citação de uma expressão em latim são elementos do discurso que revelam a seguinte intencionalidade do autor: realizar recorte excludente no potencial grupo de leitores, baseado na especialidade profissional. O texto abona SOMENTE
(A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. | |
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Número de Mensagens : 369 Data de inscrição : 05/01/2008
| Assunto: Re: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 Seg 12 maio 2008, 06:39 | |
| Instruções: As questões de números 51 a 55 referem-se ao texto apresentado abaixo.
Nos séculos XVIII e XIX e no começo do século XX, os extraordinários acontecimentos que anunciavam a promessa de uma nova sociedade pareciam dividir nitidamente o mundo entre os defensores e os inimigos da liberdade e do progresso social, permitindo aos revolucionários traduzir em programas políticos sua fé na força emancipatória da aliança entre o intelectual educador e o proletário moderno. Contudo, seu diagnóstico da realidade, embora não chegasse a abalar os alicerces dessa fé, já atentava para as novas formas de manipulação e domínio emersas das próprias revoluções democráticas, detectando um problema central para aqueles que ainda hoje procuram vincular a utopia à lógica dos fatos: até que ponto a busca intelectual do verdadeiro e a ação solidária podem se ampliar e ter efetividade em um universo impregnado − e decodificado − pela cultura do individualismo e da competição. (PIOZZI, Patrizia. Os arquitetos da ordem anárquica: de Rousseau a Proudhon e Bakunin. São Paulo: Editora UNESP, 2006, p. 213.)
51. No primeiro período do texto, referindo-se aos séculos XVIII, XIX e ao começo do século XX, a autora
(A) manifesta sua compreensão de que episódios antecipadores de novas ordens sociais derivam necessariamente de um entendimento dicotômico do mundo − os bons, defensores da liberdade, e os maus, seus inimigos. (B) desenvolve a idéia de que visões do mundo que implicam divisões rígidas entre defensores e inimigos da liberdade conduzem a projetos que convencem mais pela crença do que pelo exercício da razão. (C) assinala que os programas políticos dos revolucionários, que expressam a convicção de que a união entre o intelectual educador e o proletário moderno constitui um vetor de libertação, circularam em contexto que dava a impressão de supor o mundo dividido em dois blocos. (D) defende a idéia de que a visão do mundo como tensão entre forças opostas − a dos defensores e a dos inimigos da liberdade − é concepção desvirtuada, produzida pela proximidade de acontecimentos extraordinários que anteciparam novos rumos para a sociedade. (E) denuncia a irresponsabilidade de uma visão de mundo maniqueísta (de um lado os defensores da liberdade, de outro, seus inimigos), que, por sua inoperância, provoca a promessa de mundos mais justos, em que intelectuais e proletários formem uma aliança digna.
52. Contudo, seu diagnóstico da realidade, embora não chegasse a abalar os alicerces dessa fé, já atentava para as novas formas de manipulação e domínio emersas das próprias revoluções democráticas, detectando um problema central para aqueles que ainda hoje procuram vincular a utopia à lógica dos fatos: até que ponto a busca intelectual do verdadeiro e a ação solidária podem se ampliar e ter efetividade em um universo impregnado − e decodificado − pela cultura do individualismo e da competição. Observado o período acima e o contexto, é correto afirmar que
(A) o emprego de já denota anterioridade da ação de “diagnosticar” em relação à ação de “atentar”. (B) a frase articulada em torno de detectando tem caráter hipotético. (C) a expressão ainda hoje contribui para exprimir a idéia de anacronismo. (D) as expressões a busca intelectual do verdadeiro e a ação solidária correspondem, respectivamente, a utopia e lógica dos fatos. (E) os dois-pontos poderiam dar lugar, sem comprometimento da correção e do sentido originais, à formulação destacada em: “... a lógica dos fatos, a saber, até que ponto...”.
53. Contudo, seu diagnóstico da realidade, embora não chegasse a abalar os alicerces dessa fé, já atentava para as novas formas de manipulação e domínio emersas das próprias revoluções democráticas... No fragmento acima, sempre considerado o contexto,
(A) Contudo tem o mesmo valor que a expressão destacada em “Ele não veio, ainda assim foi-lhe feita a homenagem programada”. (B) o emprego de próprias fortalece o seguinte entendimento: não seria de se esperar que novas formas de manipulação e domínio adviessem das revoluções democráticas. (C) se a frase embora não chegasse a abalar os alicerces dessa fé for substituída por “se, por acaso, não abalasse os alicerces dessa fé”, o sentido original ficará mantido. (D) seu remete a proletário moderno, termo da oração imediatamente anterior. (E) emersas, considerada em relação à palavra “imersas”, pode servir de exemplo de palavra homônima homófona e homógrafa.
54. Passagens foram pontuadas de maneira distinta daquela encontrada no texto. O segmento alterado, indicado entre reticências, que está pontuado conforme a gramática normativa e que mantém o sentido original, é:
(A) (linhas 2 e 3) ... acontecimentos, que anunciavam a promessa de uma nova sociedade,... (B) (linhas 3 a 5) ... pareciam dividir nitidamente o mundo entre os defensores, e os inimigos da liberdade, e do progresso social... (C) (linhas 3 a 5) ... pareciam dividir nitidamente: o mundo entre os defensores; e os inimigos da liberdade e do progresso social... (D) (linha 6) ... traduzir, em programas políticos, sua fé... (E) (linhas 7 e 8.) ... força emancipatória da aliança, entre o intelectual educador, e, o proletário moderno...
55. Transpondo a frase os extraordinários acontecimentos pareciam dividir nitidamente o mundo entre os defensores e os inimigos da liberdade e do progresso social para a voz passiva, a forma verbal corretamente obtida é: (A) parecia ser dividido. (B) pareciam ter sido divididos. (C) tinha sido dividido. (D) tinha parecido dividir. (E) pareciam dividirem.
Instruções: As questões de números 56 a 58 referem-se ao texto apresentado abaixo.
Existe um tipo de experiência vital − experiência de tempo e espaço, de si mesmo e dos outros, das possibilidades e perigos da vida – que é compartilhada por homens e mulheres em todo o mundo, hoje. Designarei esse conjunto de experiências como “modernidade”. Ser moderno é encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformação e transformação das coisas em redor − mas ao mesmo tempo ameaça destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A experiência ambiental da modernidade anula todas as fronteiras geográficas e raciais, de classe e nacionalidade, de religião e ideologia: nesse sentido, podese dizer que a modernidade une a espécie humana. (BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1986, p. 15)
56. Uma das alternativas abaixo constitui continuação do excerto de Berman acima transcrito. A coerência com o exposto no texto permite dizer que o período que dá continuidade correta ao fragmento é:
(A) Une de tal forma que adquire o perfil de seio acolhedor de tudo e de todos, ventre onde a segurança do homem nunca é posta em risco, a não ser, evidentemente, naquele momento fatal, único, em que cada um assume a eterna solidão. (B) Trata-se, na verdade, de uma coesão incomum, jamais experimentada pela espécie humana: a unidade moderna aproxima raças, religiões, ideologias, em nome de um compartilhamento ambiental que dissipa toda e qualquer contingência. (C) Porém, é uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade: ela nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de ambigüidade e angústia. (D) É, de certo modo, perversa essa modernidade, na medida em que, assegurando a todos tudo aquilo que o homem comum almeja − poder, alegria, crescimento pessoal etc.− acaba por isolá-lo no labirinto que ela própria, a modernidade, construiu. (E) Mas, antes que seja entendida de maneira errônea, é necessário assinalar que essa união aparenta ser contraditória: o poder que ela afiança, gerador do êxito de homens e mulheres de tantas raças, credos e ideologias, desemboca numa estabilidade que se traduz em apatia.
57. Cada alternativa apresenta um segmento do texto e uma alteração nele efetuada. A alteração apresentada não supõe outras e deve manter o sentido original. Observado o contexto, a transformação que se dá em conformidade com a norma padrão é:
(A) experiência (...) de si mesmo e dos outros / experiência de si próprios e dos outros. (B) é compartilhada por homens e mulheres / é partilhada reciprocamente entre homens e mulheres. (C) Designarei esse conjunto de experiências / Designar-lhes-ei . (D) um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento / um ambiente promissor: por aventura, poder, alegria, crescimento. (E) anula todas as fronteiras geográficas e raciais / anula-as todas.
58. O texto e a norma padrão da Língua Portuguesa abonam a seguinte assertiva:
(A) o uso das aspas em “modernidade” (linha 5) se justifica pelo mesmo motivo que explica seu emprego na palavra destacada em: 'Na agricultura, “cavalo” designa a planta em que se faz enxerto’. (B) respeitando-se o emprego de hoje (linha 4) exatamente como se dá no texto − separado de mundo pela vírgula −, este advérbio pode ser substituído, sem prejuízo do sentido e da correção originais, por “hodierno”. (C) a exclusão dos travessões e dos termos que eles abrigam (linhas 1 e 3) exigiria, por força do sentido e da correção, que fosse colocada uma vírgula depois de vital. (D) para que fosse mantido o sentido e a correção originais, a substituição do travessão depois de em redor (linha 8.) por ponto-e-vírgula tornaria obrigatória mais uma única alteração: que depois de mas (linha 8.) fosse colocada uma vírgula. (E) o emprego dos dois-pontos, na linha 12, é obrigatório; sua substituição, por exemplo, por ponto-e-vírgula afetaria a correção original.
59. A frase ISENTA de ambigüidade é: (A) Assim que soube da possibilidade de seu envolvimento, mesmo que indireto, naquela ilegalidade, comentou com seu assessor pessoal a necessidade de ele pedir demissão. (B) Membro atuante do grupo formado por muitas pessoas idealistas, a que já me referi várias vezes, penso que a moça tem o perfil necessário para integrar a comissão especial. (C) A construção anexa à sede da organização, projetada e decorada por brilhante arquiteto, foi o lugar escolhido pelos coordenadores do grupo de jovens para sua reunião. (D) Instado pelos colegas a decidir acerca da formatação gráfica dos projetos, não teve dúvidas, por considerá-los urgentes, em tomá-la como menos prioritária naquele momento. (E) Enquanto analisava minuciosamente o relatório, o alto funcionário interpelava o auxiliar com perguntas que, na verdade, ele não via necessidade de serem respondidas de pronto.
60. A frase redigida de maneira clara e absolutamente correta, segundo a norma padrão, é:
(A) Se mudanças eram ou por que se fizeram necessárias, não sei, mas que as houve, as houve, e não quiseram referir a contingência que lhes determinou as alterações. (B) Após as informações sobre os objetivos do trabalho terem sido expostos, dois colaboradores as comentaram, cada um a seu modo, sem entretanto se oporem entre si e com os demais. (C) As marcas que a passagem do tempo nos trazem são as testemunhas mais verdadeiras de nossa trajetória, como as mechas de cabelo branco, o andar vagaroso ou as mãos trêmulas, agora sempre afáveis. (D) Mesmo repetindo, a explicação de um estudioso sempre será diferente de um outro, o que deixa explícita a subjetividade dos pontos de vista, ainda quando não se a deseje. (E) No debate, houve muitos a fazerem uso da palavra, participantes a que, na verdade, foi atribuída absoluta liberdade quanto ao teor e ao tempo da fala, o que muito os honraram. | |
| | | oculto classe C
Número de Mensagens : 369 Data de inscrição : 05/01/2008
| Assunto: Re: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 Seg 12 maio 2008, 06:41 | |
| 61. A alternativa que apresenta redação totalmente conforme a norma padrão é: (A) Foi o tempo de, dirigindo-se ao reitor, dizer “Vossa Eminência, senhor reitor" e logo interrompeu-se o som. Retomando a palavra, brincou: “Essa censura é que eu não contava”. (B) Toda e qualquer reclamação deve ser feita por escrito, disse o funcionário que eu falei com ele; é onde eu percebi que não era a melhor pessoa com quem eu deveria ter falado. (C) Recordo de dois mestres; um, por cuja orientação sempre me guiei, me fazia rir dos meus erros. O que me fazia chorar por causa deles, o outro, é responsável por muito do meu crescimento. (D) Imaginei que ele era o mentor de tudo, como realmente o era isto; pedi-lhe que explicasse o ocorrido antes a mim do que aos outros, que havia chegado antes de todos. (E) Antes deles saírem conosco, vi-me tentada a lembrar-lhes de que éramos nós as convidadas, e, por isso, poderíamos sugerir o programa, mas, caleime.
62. A frase totalmente em consonância com as normas gramaticais é:
(A) É notável o vêso que eles têm de se degladiarem por tudo e nada, excedendo-se na fala e nos gestos, e, se alguém intervir, sentem-se mais justificados para acirrar a rixa e exaltar os ânimos. (B) A maversação dos bens públicos requer de todos os cidadãos bem-intencionados ações rigorosas em busca da decência e da honradez daqueles que os representam no âmbito dos três poderes, sejam qual forem as esferas de atuação. (C) Nunca desejou viver a expensas de ninguém, nem mesmo ter privilégios − o que, aliás, é consenso entre os que o conhecem −, por isso não se abstem de reinvindicar o pleno gozo da autonomia que conquistou a duras penas. (D) Em comentário aspicioso, manifestou-se favorável pela execução imediata das ações programadas, oferecendo sucinta relação de pessoas que o apóiam e que garantem a inexistência de empecilhos ao seu anseio. (E) Amante inveterado da etimologia, não perdia oportunidade de suscitar questões que lhe dessem oportunidade de manifestar seu fascínio pelas palavras, e àqueles em quem reconhecia particular receptividade oferecia o melhor de seus conhecimentos.
63. As frases abaixo, com exceção de uma, apresentam comprometimento da lógica por emprego inadequado da palavra destacada. A frase totalmente coerente é:
(A) É prescindível a opinião dele na avaliação do projeto, por isso não temos como evitar de pedi-la imediatamente, o que teremos de fazer passando por cima de ressentimentos. (B) No momento de sua contratação, tinha-se pleno conhecimento de sua vida pregressa, por isso houve tantos e tão entusiasmados elogios e reverências a sua pessoa. (C) A vulnerabilidade dos argumentos do rapaz é de tal ordem − o que explica suas longas horas de pesquisa sobre o assunto − que nenhuma defesa estará à altura de contestá-los. (D) Não há incompatibilidade entre a linha de ação dos dois planos, o que justifica plenamente a escolha de um em detrimento do outro, pois se deve preservar a eficiência. (E) No esforço de radicar a doença, para que, só assim desalijada, fosse definitivamente considerada extinta, contou com a prestimosa colaboração de muitos agentes de saúde.
64. A frase que está redigida de forma totalmente clara e correta é: (A) Pelo fato do ambiente em que se deu a tragédia ser uma universidade é irônico, afinal é nesse espaço que, a princípio, cada um pode viver sua singularidade dignamente. (B) O modo que a mídia trata questões de agressão, no plano individual ou coletivamente, nos deixa bem próximo do acontecimento, o que tem seu lado positivo e negativo. (C) A descrição detalhada dos momentos que antecedem certos gestos traumáticos através das palavras da vítima mostram que muita coisa acontece que nunca teremos acesso a elas. (D) Sempre surgem, em situação limite, idéias criativas sobre como evitar violência, mas logo em seguida torna-se mais discreta, me acanho de dizer, essa legítima preocupação. (E) Existem pessoas que advertem que o registro de ações hostis contribuem para a divulgação de modos criminosos de agir, o que não é desejável mesmo a nenhum título.
65. A frase que está integralmente de acordo com a linguagem formal no que se refere à flexão é:
(A) Poucos foram os tabeliões que se insurgiram contra as novas orientações, mas é possível que outros adiram à reação, dado o que se apreende dos altosfalantes. (B) Ingiro muitas calorias, por isso, se continuar a comer todos os alimentos que me aprazerem, se não me abster um pouco, chego a temer de que terei problemas. (C) Se repensarem e, assim mesmo, manterem a disposição de não trabalhar às segundas-feiras, sem considerar os inúmeros pró e contra dessa atitude, serão seriamente combatidos. (D) Sempre que chega a hora de votar a matéria, o grupo obstrói a votação, e, se tudo continuar a depender de seus bel-prazeres, logo eles serão inúmeros ex-colarinho-brancos. (E) Com tantos disse-me-disse acerca do tema, não sabemos se eles se abstiveram de dar opinião ou se se propuseram a assinar alguns dos abaixoassinados que circulavam.
66. Muitos exemplos elucidam que é difícil harmonizar instância particular /instância comum. O homem que milita na esfera política está na hora de tomar consciência do seu papel. Às vezes, seus interesses pessoais podem correr o risco de prejuízo. Mas ele tem de ser um mediador entre os anseios das diferentes camadas da sociedade e o âmbito institucional em que se dão as decisões; estas afetam o conjunto das pessoas.
O discurso acima está lógica, clara e corretamente organizado num único período assim:
(A) Muitos são os exemplos que elucidam a dificuldade de se harmonizar a instância particular com a comum, a exigir a tomada de consciência do homem que milita na esfera política acerca da necessidade de sua atuação como mediador entre os anseios das distintas camadas sociais e o âmbito institucional em que se tomam decisões para o conjunto da sociedade, ainda que, em certas circunstâncias, seus interesses pessoais possam correr o risco de ser prejudicados. (B) Visto que muitos exemplos elucidam como é difícil harmonizar a instância particular e a comum, o homem militante está na hora de tomar consciência do seu papel político, quando corre o risco, às vezes, de ter interesses pessoais prejudicados, mas deve ser o mediador entre os anseios das diferentes camadas da sociedade e o âmbito em que as decisões coletivas são tomadas, que afetam a todos. (C) O homem que milita na esfera política está na hora de tomar consciência − considerado que muitos exemplos elucidam que é difícil harmonizar entre si as instâncias particular e a comum: seu papel é daquele que media os anseios das distintas camadas sociais e o âmbito institucional em que as decisões são tomadas, vindo a afetar o conjunto das pessoas e, porventura, o seu próprio interesse pessoal. (D) É difícil, e há exemplos disso, de que o particular e o comum raramente se harmonizam, mas, mesmo correndo riscos de ter interesses pessoais prejudicados, o homem que milita na esfera política tem de conscientizar de que seu papel é mediar interesses entre os anseios das distintas camadas da sociedade com o âmbito institucional em que as decisões em plano de nação são tomadas. (E) Muitas vezes o homem que milita na esfera política conhece a dificuldade de harmonizar a instância particular e a comum, e muitos exemplos há disso, mas é chegada a hora de se tomar consciência do papel do político como mediador dos anseios das diferentes camadas da sociedade frente às instituições em cujo o âmbito tomam-se decisões que afetam toda a sociedade e talvez os interesses pessoais dele.
67. A frase que está clara e totalmente conforme a norma padrão da Língua Portuguesa é:
(A) Estar atento é o dever da humanidade, no sentido de que o descuido com a liberdade pessoal e coletiva não volte a existir e para que sistemas de organização não pareçam como uma receita para os povos. (B) Naquele curso, os preparadores se comportavam estabelecendo regras que, se forem seguidas, a pessoa se tornaria um bom profissional, modelo mesmo de atuação bem sucedida. (C) Sendo um dos mais preparados, se não o mais competente, começou dizendo que cada um dos que ali estavam tinha condições de chegar aonde quisesse, e que as metas pessoais poderiam ser manifestadas dali a pouco. (D) Em certos depoimentos é mostrado o como um cidadão não deve agir, e a análise entre um comportamento adequado e um considerado pouco eficaz deixa claro o que é melhor. (E) Apesar do homem não entender o motivo da presença do delegado, observou que ele nada notou nas pessoas ali presentes que pudessem levantar suspeitas.
68. A frase em que a grafia e a acentuação estão em conformidade com as prescrições da norma padrão da Língua Portuguesa é:
(A) Ao se estender esse viez interpretativo, correm o risco de por tudo à perder, na medida em que será alterada a estratégia da pesquisa previamente adotada. (B) Sua pretenção ao consenso esvaiu-se quase que de repente, quando notou que entorno de si as pessoas mais pareciam descansar que dispostas à debates. (C) Tomou como ultrage a displicência com que foi recebido, advinhando que o mal-estar que impregnava o ambiente era mais que uma questão eminentemente pessoal. (D) Quando se considera a par do tema, ajuíza sem medo, mas, ao se compreender insipiente, pára tudo e pede aos especialistas que o catequizem no assunto para não passar por néscio. (E) Estava atrás de um acessório que o despensasse de promover a limpeza do aparelho e sua conseqüente manutenção depois de cada utilização, mas não pôde achá-lo por alí.
69. A frase em que a concordância está totalmente conforme as prescrições da norma padrão da Língua Portuguesa é:
(A) A legalidade e a pertinência dos contratos, pelo menos agora, não é mesmo aferível, dado que no campo das relações lusas-latino-americanas deve haver muitos acordos sem registro. (B) Os diretores houveram por bem antecipar o anúncio das novas diretrizes, que deveriam passar a ser respeitadas imediatamente em quaisquer que fossem as áreas. (C) Foi irresistível a idéia, naquela ocasião, de se estipularem quais as ações solidárias mais úteis do ano e concluiu-se que não existe condições de acordo nesse particular. (D) É possível que surja, e não existem pessoas que defendam o contrário, opiniões divergentes de especialistas renomados, e devemos considerá-las com todo respeito. (E) Os alicerces teóricos do modelo em estudo pode ser encontrado em várias obras, de vários escritores, inclusive na de um chinês, já encontrada em língua portuguesa.
70. Considerada a norma padrão da Língua Portuguesa, a frase que está totalmente correta é:
(A) Não sei porque o uso dos porquês constitui entraves, visto que a grande maioria das gramáticas normativas contém explicações detalhadas sobre o assunto. (B) Vemos que a percepção de Vossa Senhoria vem de encontro à nossa, Senhor Ministro, e que também considera triste todas as situações relatadas, motivo por que reiteramos que pode contar com nós todos para enfrentar o desafio. (C) Visitam muitas comunidades as quais o passado é padrão para o presente e, nelas, se qualquer inovação contradizer os costumes instituídos há gerações, será imediatamente elidida. (D) A questão com que os estudiosos não souberam lidar tem a ver com a impressão que causaram nos habitantes da mata: a de que vinham para instruí-los a como viver bem. (E) A produção daquele grupo de nativos é 2 vezes superior da que se realiza pelos que vêm de fora e, se não advirem, por interferência dos malinformados, restrições ao modo primitivo de tratar as fibras, essa proporção pode aumentar. | |
| | | oculto classe C
Número de Mensagens : 369 Data de inscrição : 05/01/2008
| Assunto: Re: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 Seg 12 maio 2008, 06:56 | |
| GABARITO:
031 - A 032 - B 033 - C 034 - C 035 - D 036 - ANULADA 037 - A 038 - E 039 - C 040 - B 041 - E 042 - A 043 - B 044 - C 045 - D 046 - E 047 - A 048 - C 049 - D 050 - B 051 - C 052 - E 053 - B 054 - D 055 - A 056 - C 057 - E 058 - A 059 - D 060 - A 061 - ANULADA 062 - E 063 - B 064 - D 065 - E 066 - A 067 - C 068 - D 069 - B 070 - ANULADA | |
| | | oculto classe C
Número de Mensagens : 369 Data de inscrição : 05/01/2008
| Assunto: Re: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 Dom 18 maio 2008, 08:28 | |
| - oculto escreveu:
... A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso. Já o batismo de suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloqüência nacionais é indício de que a tradição é o seu primeiro voto. ...
37. Considerada a ocorrência destacada, e sempre a norma padrão da Língua Portuguesa, é correto afirmar:
(C) (linha 19) o pronome suas, em de suas cadeiras, refere-se aos colegas do orador presentes na Academia.
O gabarito da questão 37 foi letra A. Alguém saberia comentar o erro da letra C? | |
| | | oculto classe C
Número de Mensagens : 369 Data de inscrição : 05/01/2008
| Assunto: Re: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 Dom 18 maio 2008, 08:33 | |
| - oculto escreveu:
- Instruções: As questões de números 41 a 50 referem-se ao
texto apresentado abaixo.
... Durante boa parte do século XIX, alguns pensadores, impressionados pelo extraordinário progresso alcançado no campo das ciências exatas, com a produção de certeza e previsibilidade no conhecimento dos dados da natureza, sucumbiram à tentação de explicar a vida humana segundo parâmetros deterministas. Ora, por mais que se queira eliminar a liberdade do mundo humano, ela teima em aparecer, desafiando constantemente as previsões “científicas”. Somos o único ser que combina, em sua vida social, a necessidade física e biológica com os deveres éticos, a sujeição aos fatos naturais com a autonomia de ação. ...
44. Ora, por mais que se queira eliminar a liberdade do mundo humano, ela teima em aparecer, desafiando constantemente as previsões “científicas”.
Considerada a frase acima, em seu contexto, é correto afirmar:
(A) A conjunção Ora estabelece com a frase anterior relação de mera adição, equivalendo a “além disso”.
O gabarito da questão 44 foi letra C. Alguém saberia comentar a letra A? | |
| | | ffgaio moderador
Número de Mensagens : 19 Data de inscrição : 05/03/2008
| Assunto: Re: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 Ter 20 maio 2008, 16:38 | |
| Em relação à questão 44, acho que a conjunção ora foi empregada como se fosse uma interjeição, no sentido de um certo deboche ou desapontamento com o que foi dito na oração anterior. Acho que o objetivo não era adição. A questão, no meu entender, quer pegar o candidato com a definição que nós, em geral, decoramos a partir das gramáticas, quais sejam: as classificações das orações e suas conjunções. Acho que era isso. | |
| | | ffgaio moderador
Número de Mensagens : 19 Data de inscrição : 05/03/2008
| Assunto: Re: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 Ter 20 maio 2008, 16:51 | |
| - oculto escreveu:
- oculto escreveu:
... A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso. Já o batismo de suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloqüência nacionais é indício de que a tradição é o seu primeiro voto. ...
37. Considerada a ocorrência destacada, e sempre a norma padrão da Língua Portuguesa, é correto afirmar:
(C) (linha 19) o pronome suas, em de suas cadeiras, refere-se aos colegas do orador presentes na Academia.
O gabarito da questão 37 foi letra A. Alguém saberia comentar o erro da letra C? Oculto, li rapidamente o texto e acho que o pronome se refere à Academia Brasileiras de Letras. Quereria dizer as cadeiras da Academia Brasileira de Letras que foram batizadas com nomes de ilustres, notáveis e saudosos da ficção... | |
| | | xlaine moderador
Número de Mensagens : 229 Data de inscrição : 28/02/2008
| Assunto: Re: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 Ter 24 Jun 2008, 20:42 | |
| - ffgaio escreveu:
- oculto escreveu:
- oculto escreveu:
... A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso. Já o batismo de suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloqüência nacionais é indício de que a tradição é o seu primeiro voto. ...
37. Considerada a ocorrência destacada, e sempre a norma padrão da Língua Portuguesa, é correto afirmar:
(C) (linha 19) o pronome suas, em de suas cadeiras, refere-se aos colegas do orador presentes na Academia.
O gabarito da questão 37 foi letra A. Alguém saberia comentar o erro da letra C? Oculto, li rapidamente o texto e acho que o pronome se refere à Academia Brasileiras de Letras. Quereria dizer as cadeiras da Academia Brasileira de Letras que foram batizadas com nomes de ilustres, notáveis e saudosos da ficção... fbagio, desculpa me intrometer, mas só p ficar mais claro, toda Academia de Letras, tem um membro, que "pertence a uma cadeira, mas a essa cadeira atribui-se um nome, um patrono, que em geral é um saudoso e notável que a batiza. P ex., fulana de tal, membro da ABL, cadeira nr 15, cujo patrono é JOsé de Alencar. Compreende. Nesse caso "suas" está se referindo (no exemplo que dei) ao José de Alencar, não ao fulano de tal, membro atual da ABL. | |
| | | oculto classe C
Número de Mensagens : 369 Data de inscrição : 05/01/2008
| Assunto: Re: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 Sex 27 Jun 2008, 07:18 | |
| ffgaio e xlaine,
obrigado pela ajuda. | |
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| Assunto: Re: ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 | |
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| | | | ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF 2 REGIÃO - 2007 | |
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